Não tem nem como falar da saudade da minha filha, porque ela era tudo na nossa vida. Minha filha era tudo pra nós".
A afirmação é do pescador Sebastião Cosme da Silva Neto, pai da também pescadora Wigna Monielly Cosmo da Silva, de 21 anos, morta pela dengue no último mês de março.
A jovem representou a primeira morte pela doença no Rio Grande do Norte em 2024.
A causa da morte foi divulgada nesta sexta-feira (19) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) após a confirmação na semana passada. Wigna morava na cidade de Itaú, onde também vivem os pais.
Segundo a família, ela era saudável e não tinha problemas de saúde.
A pescadora era casada e deixou dois filhos, uma menina de 3 anos e um bebê de cinco meses.
"Deixou duas crianças que são as coisas mais lindas do mundo.
Era tudo que ela queria na vida dela", lembrou o pai.
Sebastião lembrou que a filha chegou a ir três dias seguidos no hospital da cidade de Itaú (RN) com os sintomas da dengue antes de ser transferida para o Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade, em Pau dos Ferros, cidade distante cerca de 40 quilômetros.
"Ela estava com muita dor. Eles aqui em Itaú achavam que a menina estava com infecção no intestino. Passaram remédio para isso", lembrou o pai.
Ele contou que chegaram a buscar plaquetas na cidade de Mossoró para auxiliar no quadro da filha, mas quando chegaram em Pau dos Ferros ela já havia morrido.
"Agora resta só a saudade", lamentou o pai.
Ela deu entrada no Hospital Regional de Pau dos Ferros por volta de 13h do dia 20 de março, segundo a família, mas morreu por volta de 1h da madrugada do dia 21.
g1rn
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