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15/07/2021

JURI DECIDE INOCENTAR LETÍCIA NO CASO GEANE EM MOSSORÓ; PROMOTOR AFIRMA QUE VAI RECORRER DA DECISÃO





Apesar das provas apresentadas pelo promotor Ítalo Moreira Martins e dos três depoimentos que demonstravam a participação direta de Letícia Vital Ramos, de 21 anos, no rapto, tortura e assassinato de menina Geanne Nogueira, os jurados decidiram pela absolvição da ré por 4 votos a 3. Com a decisão, Letícia será posta em liberdade. O promotor afirmou que irá recorrer da decisão, porque o resultado foi contrário à prova.
O conselho de sentença decidiu pela absolvição de Letícia Vital Ramos, de 21 anos, da acusação de participação direta no rapto, tortura e assassinato de menina Geanne Nogueira, de 12 anos, ocorrido no dia 4 de novembro de 2018.
O júri popular foi iniciado às 9h desta quinta-feira (15), sendo presidido pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.
Visando a condenação de Letícia, o promotor Ítalo Moreira Martins, representante do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), apresentou ao corpo de jurados o laudo do Instituto Técnico-científico de Perícia, que aponta a crueldade com que Geanne foi morta.
O documento mostra que a menina sofreu fraturas em praticamente todas as partes do corpo. “Usaram instrumentos com tanta força, que quebraram os ossos da menina em várias partes do corpo, uma monstruosidade”, diz o promotor.
Apresentou, ainda, três depoimentos que apontavam a participação direta da ré no crime brutal. Um deles, do namorado da vítima, que afirmou que Letícia, juntamente com os outros comparsas, foi até a casa de Geanne, carregou a menina e a levou até o local onde foi morta.
No segundo depoimento apresentado aos jurados, um adolescente confirmou ter visto a menina sendo arrastada pelas ruas e que a ré estava junto.
Por fim, o depoimento de uma das autoras do homicídio, que já foi condenada, Maria Luiza Moura Diógenes, a Docinho, dá conta que ela e Letícia foram até o local onde a vítima estava amordaçada, sangrando e que ambas agrediram a menina.
A Defensora Pública Leylane Torquato, responsável pela defesa de Letícia Vital, no entanto, tentou desqualificar as provas, questionando a idoneidade dos depoimentos.
Mesmo diante de todos os fatos e provas apresentados, a maioria dos jurados decidiu por absolver Letícia Vital por 4 votos a 3. Com a decisão, ela será posta em liberdade.
O Promotor Público Ítalo Moreira Martins afirmou que vai recorrer da decisão, porque o resultado foi contrário à prova. Caso um novo júri seja marcado, um outro conselho de sentença, composto por sete novos jurados, deverá ser formado.

Por Cesar Alves/MH


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