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14/06/2020

PARTICIPANTES DE MOSSORÓ-RN LEVAM O SEGUNDO MAIOR PRÊMIO DO 'THE WALL' E INVESTEM NA CIÊNCIA




Aluna e professor de Mossoró trabalham em um projeto que cria um cateter feito a partir do reaproveitamento da castanha-de-caju.
Aluna e professor faturam prêmio no The Wall — Foto: Globo
Direto de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a aluna do curso de Ciência e Tecnologia, Ekarinny, e o professor Felipe participaram do The Wall no Caldeirão deste sábado, 13/6, e levaram o segundo maior prêmio de todas as edições do quadro. A dupla ganhou R$ 278.677 e promete investir parte da grana no registro e na viabilização de um projeto que cria um cateter, feito a partir do reaproveitamento da castanha-de-caju, e deve ajudar pacientes que fazem hemodiálise. Eles também desejam investir em um fundo de apoio à novas ideias de outros cientistas.
A história de Ekarinny
Anos atrás, a tia da Ekarinny faleceu por conta de uma infecção na corrente sanguínea causada por um cateter usado na hemodiálise. A partir daí ela resolveu investir na ciência para ajudar pessoas que dependessem do procedimento. A ideia foi produzir um cateter bioativo para prevenir infecções na corrente sanguínea. O quintal da casa dela foi transformado em um laboratório. Ela também participou de uma das maiores feiras de ciência do mundo e foi premiada com a sua criação.
"A castanha-de-caju tem essa propriedade que pode prevenir a infeção na corrente sanguínea", explicou a estudante que disse que sua inspiração foi o quadro Jovens Inventores do Caldeirão.
"Foi assistindo à uma temporada que a menina fez uma bandeja biodegradável a partir da cana de açúcar que eu fiz meu primeiro projeto", completou.
Ekarinny contou sua história no palco do 'Caldeirão' — Foto: Globo
Ekarinny ainda disse que a paixão pelos estudos aflorou quando ela começou a participar de feiras de ciência.
"A gente que vem de família humilde acha que não pode ser cientista, mas podemos sim, e a prova está aqui", explicou ela, que estudou a vida inteira em escola pública.
A estudante contou que depois que sua avó e sua mãe também faleceram, ela passou a morar com o tio. "Eu morava antes com a minha vó, ela cuidava do filho dela, que é meu tio e tem autismo. Hoje eu moro com ele, com meu irmão e com minhas primas".
"Quero ser uma boa pessoa, alguém que inspire e levante o outro pra cima", destacou a estudante.
The Wall: primeira vez na história do quadro um participante gabarita todas as perguntas
Desejando 50 mil para investir no projeto de Ekarinny e 100 mil para investir em novas ideias de outros cientistas, eles entraram confiantes na disputa. Na primeira rodada do desafio, eles estavam com R$ 13.665. O professor foi o escolhido para ir ao isolamento, enquanto a estudante permaneceu no palco.
Ekarinny permaneceu no palco — Foto: Globo
Na segunda rodada, a dupla acumulou R$ 58.667. Já na última rodada, o professor continuou acertando todas as perguntas, gabaritando todas as respostas, um fato que aconteceu pela primeira vez na história do The Wall. Por sorte, ele também optou por rasgar o contrato, que garantia o valor da primeira rodada, mais 3 mil reais por cada resposta correta, caso ele assinasse, somando R$ 31.655. Com isso, com base no acumulado na última rodada, eles levaram pra casa um dos maiores prêmios do quadro, no valor de R$ 278.677.
"Eu lembrei quando te conheci naquela feira de ciências e olhei pra você e vi que tinha um brilho diferente. Eu vi em você um brilho que não via nas outras pessoas e não é por acaso que a gente está aqui hoje. Felizmente esse seu brilho cresceu e hoje ele consegue iluminar muitos jovens", declarou o professor para a aula.
Aluna e professor comemoram o prêmio no palco do 'Caldeirão' — Foto: Globo
"A gente está aqui por todos os jovens que precisam desse nosso exemplo e que podem acreditar em ser cientistas. Isso pode mudar a vida deles e mudar o nosso país", completou o educador.
Prêmio foi um dos maiores da história do quadro — Foto: Globo

Gshow



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