Há oito meses, a Polícia Civil de Mossoró investiga esquema de corrupção dentro do DETRAN, de Mossoró-RN, e nesta quarta-feira, 16, com ordens judiciais, cumpriu 4 ordens de busca e apreensão e 5 medidas cautelares na sede do órgão e também em três despachantes.
O delegado Jomário Montenegro, que coordenou o trabalho de investigação, contou que tudo começou quando o DETRAN Mossoró emplacou um caminhão que não podia ter sido emplacado.
“Aí fomos puxando o fio, até desencadear na operação Agrado”, conta.
Montenegro é titular da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV), com sede no Abolição IV, em Mossoró, aonde os investigados devem comparecer a partir da próxima semana para serem interrogados pela autoridade policial.
A investigação descobriu que, pelo menos dois, dois servidores do DETRAN estavam recebendo R$ 200,00 de propina para agilizar e agilizar emplacamentos, mesmo que de veículos que não podiam ser emplacados. Esta propina era paga por três despachantes.
A pedido da Polícia Civil, a Justiça determinou o afastamento imediato dos dois servidores do DETRAN e proibição os despachantes investigados de se aproximarem do DETRAN, de saírem de Mossoró e/ou conversarem entre si, durante o tempo que durar as investigações.
O titular da investigação evitou citar nomes dos investigados em entrevista. No DETRAN, os agentes fizeram buscas e apreensão de computadores no setor de Auditoria e, nas imediações do DETRAN, nos escritórios Romário Despachantes e Jr Despachantes.
Perguntando desde quando este esquema existe dentro do DETRAN em Mossoró, o delegado disse que ouviu dos investigados que desde sempre. “Um investigado disse que já havia esta cultura dentro do DETRAN. Sempre existiu esta cultura de corrupção”, disse.
Sobre o valor em propina movimentado, o delegado destacou que era em torno de R$ 20 mil por semana. Entretanto, o delegado disse que nesta segunda fase da investigação, vai buscar determinar o tamanho do valor real pago em propina para “facilitar” processos no DETRAN.
A princípio, o delegado destacou que cada processo custava em média de R$ 200 a R$ 300 reais para ser agilizados ou para serem facilitados. Quem não pagasse esta propina, através dos despachantes investigados, os processos eram deixados para depois.
“Pode ter mais gente envolvidos. Intimamos todos os alvos, para comparecer à delegacia, para serem interrogados, e vamos continuar as investigações. Provavelmente, existem outros servidores e outros despachantes envolvidos neste tipo de corrupção”, destaca.
O DETRAN deve divulgar Nota Oficial, a respeito do atendimento ao público. Os despachantes investigados, tem como os servidores do DETRAN, evitaram falar a respeito do assunto.
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