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13/11/2017

(ARTIGO) REVOLTA SELETIVA,CRIMES CONTRA MULHERES DE CLASSES DIFERENTES PENSAMENTOS DIFERENTES



Você provavelmente nunca tenha ouvido falar em Ana Cristina Pereira. Certamente sabe quem é Thalita Duarte. Elas nada não têm em comum a não ser o duro destino da violência contra a mulher.
Thalita é jovem, bonita, de classe média e já foi miss Mossoró. Levou um soco do ex-namorado, o comerciante Talles Diego, e ficou desacordada por alguns minutos. O assunto gerou uma comoção social na cidade. Todos revoltados. Todos defensores das mulheres.
Mas e a desconhecida Ana Cristina Pereira? Ela também foi agredida. Foi esfaqueada em via pública (o principal suspeito é o ex-marido) e luta contra para sobreviver na loteria da vida e da morte conhecida também como Hospital Tarcísio Maia. Ouvi relatos de que sua mãe estava em prantos neste início de manhã na frente da unidade hospitalar.
Pouca comoção sobre o que acontece com Ana, uma mulher da periferia. Nos blogs que cobrem o mundo cão o nome dela aparece como mais um numa lista de tentativas de homicídio do final de semana. Quem liga para uma mulher do Forno Velho?
Em agosto tivemos o caso de Franciscris Silva Fernandes. Ela foi esfaqueada pelo ex-marido que não aceitava o fim do relacionamento. Como ela era da periferia ninguém se revoltou. Ela morreu sem receber a solidariedade dos membros do “egrégio tribunal facebokeano”.
Como nossa capacidade de se revoltar é muito seletiva! 
O problema da violência contra a mulher é muito mais grave do que imaginamos, mas seguimos nos revoltando com o que nos parece mais próximo de nossa realidade. Você se identifica com Thalita, mas não se vê no lugar de Ana Cristina ou de Franciscris porque elas no máximo seriam diaristas em sua casa. Thalita não, poderia ser sua amiga, irmã ou colega de trabalho.
No entanto, há muito que ser discutido. O caso de Thalita, apesar da comoção seletiva, tem que servir de exemplo para nós homens de que a violência não é o melhor caminho. Talles aprendeu essa lição da pior maneira possível. 
A história não deveria se repetir, mas voltará a acontecer com outros personagens e ninguém dará a mínima mais uma vez a não ser que venha à tona outra agressão dentro dos limites da nossa bolha conhecida como classe média.

Por Bruno Barreto


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3 comentários:

  1. Infelizmente isso é Brasil! As pessoas só são reconhecidos quando se tem dinheiro é posição social,caso contrário será mais uma vítima que apenas aparecerá em um número novo de feminicidio.

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  2. Digno de aplausos 👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾

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