Bem diferente do que é divulgado na propaganda do Governo do Estado, com investimentos em rádios digitais e imagens belas de viaturas, nos bastidores o abandono dos equipamentos de segurança pública do Rio Grande do Norte é bem maior do que se imagina. Um desses exemplos é o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) de Mossoró, que é uma central de atendimento de emergência que comporta vários municípios da região.
Há anos o CIOSP funciona de maneira improvisada dentro do 2°BPM, com péssimas condições estruturais para os profissionais que sequer possuem banheiro e alojamento em condições de uso. As imagens compartilhadas em grupos de Whatsapp mostram instalações elétricas, hidráulicas e exposição de aparelhos que oferecem risco em potencial aos profissionais que trabalham no local.
Há denúncias também de que algumas centrais de ar estão danificadas e os PMs não suportam mais tirar do bolso para bancar o conserto, estando trabalhando em condições insalubres devido ao forte calor existente no local. O órgão não possui viatura própria, o fardamento, café e até água para beber quem compram são os próprios policiais.
Outro problema grave enfrentado pela central de operações é o baixo efetivo, onde os turnos de serviço contam com apenas 02 tele atendentes e em alguns momentos apenas um, para atender as chamadas emergenciais de Mossoró e municípios da região que ainda encaminham ligações à central pelo número 190, cuja média diária alcança 750 chamadas.
CENTRAL DE COMANDO
O Ciops funciona como uma base de comando das instituições ligadas à segurança pública. Através do telefone 190, os chamados são recebidos e direcionados para os órgãos responsáveis. Com uma única ligação, é possível que uma vítima acione diversos tipos de serviços, simultaneamente, como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Guarda Civil, Polícia Rodoviária Estadual, entre outras instituições. A falta de estrutura adequada para o Ciosp compromete o serviço prestado a toda coletividade.
Ismael Souza
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